Níveis de Autismo






O autismo, todos sabem, é uma condição que cada vez mais se prova ter relação com a genética. Dizemos que o transtorno é composto por um espectro porque as características dificilmente são vistas da mesma forma e intensidade em duas pessoas. Não há um autista como o outro. Para entender melhor onde cada um se encontra no espectro, foi feita uma divisão em três níveis:
Classificação leva em conta autonomia

Níveis de autismo:
Nível 3 – Requer apoio muito substancial, pois há severo déficit na comunicação verbal e não verbal. Por exemplo, alguém com poucas palavras compreensíveis que raramente iniciam interação e quando o faz, a aproximação é fora do comum.
Nível 2 – Requer apoio substancial, pois há déficit na comunicação verbal e não-verbal e deficiência social mesmo com apoio. Por exemplo, alguém que fala frases simples, interage de maneira limitada a interesses específicos e tem linguagem não-verbal fora do comum.
Nível 1 – Sem apoio, há deficiência na comunicação. Dificuldade em iniciar interação social. Por exemplo, alguém que fala frases inteiras e engaja a comunicação, mas as trocas no diálogo (emissor-receptor) são falhas e as tentativas de fazer amigos são frustradas.
Sem perda cognitiva
Das crianças e adultos que conheci com 48XXYY, todas demonstram características de TEA no nível mais leve, sem perda cognitiva relevante. Por isso, concentrei meu estudo nesse campo, de nível 1 em autonomia.
Esse tipo de autismo, denominado primeiramente como Síndrome de Asperger, foi incorporado ao espectro em 2013. Por ter uma independência maior, é natural que as crianças sejam diagnosticadas um pouco mais tarde, em média.
O livro Síndrome de Asperger: um guia para pais e profissionais, (Asperger’s Syndrome: A Guide for Parents and Professionals), do Dr. Anthony John Attwood, é uma das maiores referências bibliográficas sobre a síndrome e já foi traduzido para dezenas de idiomas (indisponível em português). Psicólogo clínico, Atwood é doutorado pela Universidade de Londres e atualmente, professor da Griffith University, na Austrália .
Seu interesse pela Síndrome de Asperger e a sua experiência clínica de acompanhamento de pessoas portadoras desta síndrome remontam a 1971, sendo hoje o mais conceituado especialista no assunto.
O livro traz informação sobre o diagnóstico, relações sociais, questões sensoriais, controle motor e outras questões típicas dos portadores da síndrome de Asperger. Por definição, a síndrome é uma disfunção no desenvolvimento caracterizada por dificuldades na interação social e na comunicação não-verbal. Pode ter padrões restritos e repetitivos de interesses e comportamentos. Como um tipo mais leve de autismo, difere das formas mais severas por apresentar linguagem e inteligência relativamente normais.
Em 2013, Asperger passou a ser considerado parte do Transtorno do Espectro Autista Manual de diagnóstico e estatística das Desordens Mentais (DSM-5).
As notas extraídas do livro estão nas subsessões a seguir.